Amrasca biguttula
Inseto
As folhas afetadas ficam amareladas, depois acastanhadas a partir das margens e migrando para a nervura central. As folhas exibem gradualmente sinais de enrolamento antes de secarem completamente e caírem. Incidências severas resultam em lesões causadas por queima de cigarrinhas e morte das folhas, levando ao atrofiamento das plantas jovens. A capacidade de frutificação das plantas infestadas em fases posteriores de crescimento é significativamente afetada e, em muitos casos, gera menos rendimento e baixa qualidade das fibras. Antes de se tornarem necróticas, as folhas podem apresentar maior densidade de tricomas no lado inferior das folhas e um endurecimento dos tecidos. Essas características conferem certo grau de resistência contra o inseto, pois dificultam a ovoposição e os movimentos. No entanto, isso afeta negativamente o desempenho agronômico.
Os predadores generalistas de cigarrinhas são o crisopídeo comum (Chrysoperla carnea), espécies do gênero Orius ou Geocoris, algumas espécies de Coccinelídeos e aranhas. Certifique-se de promover essas espécies e evitar o uso de inseticidas de amplo espectro. Espinosade é uma boa opção se aplicado ao detectar os primeiros sintomas.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas junto com tratamentos biológicos, se disponível. Podem ser aplicadas formulações de inseticidas à base de malation, sulfoxaflor e dimetoato. Porém, eles podem afetar também os predadores naturais das cigarrinhas e, portanto, só devem ser aplicados em casos graves e em momento oportuno. O tratamento de sementes com inseticidas também pode ajudar a suprimir populações de cigarrinha na cultura por 45 a 50 dias.
Tanto as ninfas quanto as cigarrinhas adultas de Amrasca devastans sugam a seiva da planta e introduzem toxinas salivares que danificam o tecido e prejudicam a fotossíntese em proporção à quantidade de alimento e ao número de insetos. A primeira e a segunda geração de ninfas se alimentam perto da base das nervuras foliares, e as ninfas mais velhas são distribuídas por toda a folha, mas se alimentam principalmente do lado inferior. Fatores ambientais, como temperaturas moderadas a altas (21 a 31 °C), umidade moderada a alta (55 a 85%), no início da manhã ou no final da tarde e a quantidade de horas de sol afetam positivamente as populações desse inseto. Baixas temperaturas e ventos fortes têm um impacto negativo.