Phthorimaea operculella
Inseto
Este inseto pode comer uma variedade de culturas das solanáceas, mas a batata é a preferida. As larvas atacam as folhas, hastes, pecíolos e tubérculos da batata (no campo ou durante o armazenamento). Elas comem o tecido interno da folha sem tocar na epiderme, formando bolhas transparentes. As hastes podem ficar enfraquecidas ou quebradas, causando a morte da planta. As larvas entram no tubérculo através de buracos e cavam túneis delgados ao longo da superfície ou galerias irregulares e profundas na polpa. Excrementos larvais são visíveis nos pontos de entrada, que ficam abertos para doenças fúngicas ou bacterianas.
Extratos de casca de laranja e das espécies Pithuranthos tortosus ou Iphiona scabra, dentre várias outras plantas, reduzem a fecundidade da traça. Vespas parasitoides das espécies Bracon gelechiae, Copidosoma koehleri ou Trichogramma reduziram significantemente os números da praga. Os predadores incluem formigas e joaninhas. Aplicações de granulovirus ou de Bacillus thuringiensis podem resultar em 80% de mortalidade em duas semanas. Em alguns países, os danos causados durante o armazenamento podem ser reduzidos ao cobrir os sacos com folhas de Eucalipto ou Lantana.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. Inseticidas do grupo dos organofosfatos podem ser pulverizados nas folhas. Para evitar o ataque das larvas, piretróides podem ser aplicados nas sementes como um repelente.
As traças adultas apresentam um corpo esticado de coloração acinzentada, com antenas alongadas, asas anteriores estreitas de coloração marrom com manchas escuras espalhadas, e asas posteriores de coloração cinza-clara com longas franjas. Elas têm um hábito principalmente noturno e são atraídas pela luz. Os ovos são colocados individualmente ou em grupos, nas folhas ou em brotos de tubérculos expostos em solo seco. Eles não eclodem se mantidos a temperaturas abaixo de 4 °C por longos períodos. As larvas apresentam cabeça marrom-escura e corpos de coloração marrom-clara a rosa. Elas perfuram pecíolos, brotos jovens ou nervuras das folhas, e mais tarde perfuram os tubérculos, fazendo galerias irregulares. A temperatura ideal para o seu ciclo de vida é de 25 ° C, mas a tolerância varia entre 15 a 40 °C. Rachaduras em solos secos favorecem a sobrevivência das larvas.