Tuta Absoluta
Inseto
A infestação ocorre durante todo o ciclo da cultura e pode afetar qualquer parte dela. As larvas preferem brotos apicais, folíolos jovens e macios e flores. As larvas formam minas irregulares de cor cinza a branca nas folhas, que mais tarde podem necrosar. As larvas podem perfurar galerias nas hastes, o que afeta o crescimento da planta. Nos frutos, marcas marrons podem ser observadas nos pontos de entrada ou saída das larvas. Essas aberturas servem como pontos de entrada para patógenos secundários, causando a podridão do fruto.
Dentre as várias espécies de predadores que se alimentam da T. absoluta, encontram-se a vespa parasitoide Trichogramma pretiosum e os besouros Nesidiocoris tenuis e Macrolophus pygmaeus. Diversas espécies de fungos, incluindo Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana atacam ovos, larvas e adultos da praga. Também funcionam extratos de sementes de neem ou inseticidas contendo Bacillus thuringensis ou spinosad.
Sempre considerar uma abordagem integrada de medidas preventivas junto com tratamentos biológicos, quando disponíveis. Os pesticidas recomendados para o manejo da praga por tuta absoluta podem não ser viáveis devido à natureza obscura das larvas, à elevada capacidade de reprodução do inseto e ao desenvolvimento de resistência. Para evitar este problema, intercale vários tipos de inseticidas, como imidacloprido e indoxacarbe.
A Tuta absoluta é uma praga devastadora do tomateiro por causa de seu elevado potencial de reprodução, que produz até 12 gerações por ano. As fêmeas podem colocar até 300 ovos de cor creme, no lado inferior das folhas. A eclosão ocorre em condições de temperatura entre 26 a 30°C e umidade relativa entre 60 a 75%. As larvas têm coloração verde-clara com uma faixa preta característica na parte de trás de sua cabeça. Em condições favoráveis (temperatura e umidade), seu desenvolvimento se completa em cerca de 20 dias. Os adultos têm coloração marrom-prateada, medem 5 a 7 mm de comprimento e se escondem entre as folhas durante o dia. A Tuta absoluta pode sobreviver no inverno na forma de ovos, larvas ou adultos, nas folhas ou no solo.