Cosmopolites sordidus
Inseto
Um folhagem verde-pálida, murcha e mole pode ser o primeiro sintoma em uma bananeira infestada. Buracos de alimentação ou excrementos aparecem primeiro nas bainhas das folhas mais velhas ou nas partes inferiores dos caules. As larvas cavam galerias nos caules e rizomas, às vezes ao longo do seu comprimento total. Em tecidos severamente infestados, o apodrecimento pode ocorrer devido à decomposição por fungos, visível como uma coloração preta. Os danos causados pela alimentação do inseto e a colonização por patógenos oportunistas interferem no transporte de água e nutrientes e fazem com que as folhas sequem e morram prematuramente. Plantas jovens não conseguem se desenvolver e as mais velhas exibem sinais de crescimento atrofiado. Em casos graves, as planta afetadas podem ser arrancadas durante condições adversas. O tamanho e número de cachos também é consideravelmente reduzido.
Antigamente, inúmeros predadores eram usados com um relativo sucesso no controle desta praga, entre outros, algumas espécies de formigas e besouros. Os mais bem-sucedidos desses predadores são os besouros Plaesius javanus e Dactylosternus hydrophiloides. O tratamento dos brotos com água quente (a 43 °C por 3h ou 54 °C por 20min) antes de os plantar também é efetivo. Em seguida, os brotos devem ser plantados em um novo local o mais rápido possível. Mergulhar os brotos em uma solução de sementes de neem a 20% (Azadirachta indica) no plantio também protege as plantas jovens contra a doença.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. Um controle efetivo das populações do moleque da bananeira pode ser obtido com a aplicação de inseticidas na base da planta. Inseticidas do grupo dos organofosforados (clorpirifós, malatião) também estão disponíveis, mas são caros e podem ser tóxicos para quem aplica e para o meio ambiente.
Os danos à cultura são causados pelo inseto Cosmopolites sordidus e suas larvas. Os adultos são marrom-escuros a cinza-escuros com uma carapaça brilhante. Eles são mais comumente encontrados na base das plantas, associados a resíduos da cultura, ou em bainhas de folhas. Eles são noturnos e sobrevivem sem alimentos por vários meses. As fêmeas põem ovos brancos e ovais em buracos nos resíduos da cultura no solo, ou escondidos nas bainhas das folhas. O desenvolvimento dos ovos não ocorre abaixo de 12 °C. Depois de eclodir, as larvas jovens cavam galerias nos rizomas ou nos tecidos do caule, enfraquecendo a planta e às vezes causando sua queda. Patógenos oportunistas usam as feridas causadas pela broca da bananeira para infectar a planta. A propagação da praga de uma plantação para outra ocorre principalmente através do material de plantas infestadas.