Pepino

Mancha Bacteriana

Pseudomonas syringae

Bactéria

Resumo

  • Pequenas manchas circulares aparecem nas folhas, que posteriormente formam grandes áreas encharcadas, angulares a irregulares.
  • As áreas infectadas ficam cinzas, caem e formam buracos irregulares.
  • Manchas circulares surgem nos frutos, que mais tarde ficam brancas e racham.

Também pode ser encontrado(a) em

5 Culturas
Melão de São Caetano
Pepino
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Pepino

Sintomas

Inicialmente, pequenas manchas circulares aparecem nas folhas. Mais tarde, elas viram grandes manchas angulares ou irregulares e encharcadas. Em condições chuvosas, gotas de material bacteriano escorrem das manchas na superfície inferior das folhas. Estas gotas perdem umidade e formam uma crosta esbranquiçada durante condições secas. Posteriormente, as áreas infectadas ficam necrosadas, cinzas e encolhem, frequentemente se soltando do tecido saudável e caindo. Estas lesões muitas vezes têm margens amarelas. Os buracos grandes e irregulares dão à folha uma aparência esfarrapada. Em algumas variedades resistentes, as lesões são menores e não têm as margens amarelas. Frutos infectados apresentam manchas pequenas, quase circulares, normalmente superficiais. Quando os tecidos afetados morrem, tornam-se brancos e racham, dando acesso a fungos e bactérias oportunistas que colonizam o fruto e causam o seu apodrecimento completo. A contaminação de frutos novos pode causar extensa queda deles.

Recomendações

Controle orgânico

O material de semeadura contaminado pode ser tratado com soluções de alho e água quente (50 °C) por 30 minutos. Em estufas, a ocorrência da mancha bacteriana pode ser suprimida através do controle da umidade noturna (para 80-90%) através de desumidificadores. O agente de controle biológico Pentaphage dizima eficazmente a P. syringae. Fungicidas orgânicos à base de cobre podem desacelerar a disseminação da doença.

Controle químico

Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. Pesticidas contendo hidróxido de cobre podem ser aplicados. O tratamento é mais eficaz quando a temperatura está acima de 24 °C e a folhagem está molhada. Pulverizações em dias quentes, quando a folhagem está seca, podem danificar as plantas. Pulverizações semanais podem ser necessárias para alcançar o controle da doença.

O que causou

Os sintomas são causados pela bactéria Pseudomonas syringae, que pode infectar todas as culturas de cucurbitáceas. Ela sobrevive em sementes infectadas ou em restos vegetais no solo por períodos de mais de 2 anos. Quando a umidade é alta, uma gota de material bacteriano pegajoso, incolor a branco, forma-se nos locais de contaminação. Essas bactérias são transportadas de uma planta a outra pelas mãos e ferramentas dos trabalhadores, por insetos ou por respingos de água ou vento. Eventualmente, a bactéria penetra na planta através dos poros presentes na superfície da folha (estômatos). Quando os frutos são infectados, as bactérias se deslocam fundo até a polpa e infectam as sementes. Estranhamente, a contaminação das folhas pelo vírus da necrose do tabaco proporciona certo grau de resistência contra as bactérias que causam a mancha bacteriana.


Medidas preventivas

  • Utilize sementes de plantas saudáveis ou de fontes certificadas.
  • Escolha variedades resistentes, quando disponíveis.
  • Utilize a irrigação por sulcos, ao invés de aspersão, e não irrigue em excesso.
  • Escolha locais bem drenados.
  • Tanto para a produção de frutos como de sementes, cultive em campos onde não tenham sido cultivadas cucurbitáceas por pelo menos 2 anos.
  • Em áreas infectadas, não plante cucurbitáceas por pelo menos 3 anos.
  • Remova e destrua (por exemplo, queimando) o material vegetal infectado ou suspeito.
  • Monitore os campos regularmente em busca de sinais da doença.
  • Limpe completamente as ferramentas depois do trabalho de campo.

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