Plum Pox Virus
Vírus
Nas árvores do gênero Prunus, os sintomas do plum pox vírus (PPV) são visíveis principalmente em folhas e frutos, mas flores e sementes podem também ser afetadas. A severidade dos sintomas varia de acordo com a espécie e variedade da árvore, da estirpe de PPV e de condições ambientais. Eles ficam particularmente visíveis nas folhas na primavera. Apresentam padrões de anéis cloróticos (amarelados) e necróticos (marrons), clareamento das nervuras, faixas ou manchas cloróticas e, às vezes, deformação. Os frutos do damasqueiro e da ameixeira podem ficar deformados e apresentar escurecimento interno da polpa. Anéis ou manchas pálidos também podem aparecer em suas cascas e caroços. Algumas variedades de pêssegos apresentam sintomas de interrupção da cor nas pétalas das flores. Variedades sensíveis de ameixas podem exibir queda prematura dos frutos e rompimento da casca. Alguns frutos de cerejas doces formam anéis cloróticos ou necróticos, marcas em relevo e podem ter queda prematura.
Insetos benéficos, como joaninhas predadoras, crisopídeos, besouro-soldado e vespas parasitoides controlam com eficácia muitos afídeos, que são os principais vetores do PPV. Em casos de infestação moderada por afídeos, utilize uma simples solução de sabão inseticida ou soluções à base de óleos vegetais para pulverizar as folhas afetadas. A simples pulverização de água em pressão nas plantas afetadas pode, na realidade, removê-los se o número de afídeos for pequeno. Os afídeos são também muito suscetíveis a doenças por fungos, quando as condições climáticas são úmidas.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. Doenças virais não podem ser controladas diretamente com pesticidas. Contudo, inseticidas contendo cipermetrina ou clorpirifos podem ser utilizados em pulverizações foliares contra os afídeos que disseminam o PPV.
O vírus contamina diversas espécies de árvores de frutos de caroço e representantes silvestres do gênero Prunus, sendo a amendoeira uma notável exceção. Existem muitos hospedeiros alternativos de outras espécies. O vírus pode ser transmitido de árvores infectadas tanto por enxertia como por vetores afídeos de modo não persistente. O número de árvores infectadas em um pomar em uma dada safra é diretamente relacionado ao número de afídeos com asas. Estes adquirem o vírus quando se alimentam de árvores infectadas por períodos tão curtos quanto 30 segundos. Depois, eles podem transmiti-lo para outras plantas por até 1 hora. Afídeos que passaram fome antes de se alimentar das árvores contaminadas podem transmitir o vírus por até 3 horas depois. Cerca de 100 milhões de árvores de frutos de caroço estão contaminadas atualmente na Europa, e em variedades susceptíveis, isso pode representar perdas de 80-100% no rendimento.