Tomate

Antracnose

Colletotrichum spp.

Fungo

Resumo

  • Lesões embebidas em água nas folhas, caules, vagens ou frutos.
  • Lesões ovais cercadas por uma margem vividamente colorida.
  • A parte inferior do caule é marrom-escura e áspera.
  • Desfolha, tombamento de plantas ou morte da parte superior dos galhos em casos graves.

Também pode ser encontrado(a) em

25 Culturas
Amêndoa
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Damasco
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Tomate

Sintomas

O tipo de cultura, a variedade e as condições ambientais influenciarão na gravidade dos sintomas. Lesões cinza a bronzeadas aparecem nas folhas, caules, vagens ou frutos. Essas manchas podem ter formato circular, oval ou irregular e com margens marrom-escuras, avermelhadas ou arroxeadas. Sob condições climáticas favoráveis, elas se tornam mais numerosas, ampliam e se unem, ficando marrom-escuras ou pretas no processo. Seu centro gradualmente se torna acinzentado e, nas fases posteriores de contaminação, pode apresentar pequenas manchas pretas dispersas. Uma descoloração avermelhada na nervura central das folhas também é comum em algumas culturas. Em casos graves, as folhas murcham, secam e caem, causando desfolha prematura da planta. Nos caules, as lesões são alongadas, afundadas e acastanhadas com margens mais escuras. À medida que aumentam, as lesões podem cinturar a base do caule, fazendo com que a planta murche e tombe. A morte superior de caules ou galhos também é comum.

Recomendações

Controle orgânico

A propagação da doença pode ser evitada mergulhando as sementes em um banho de água quente antes da semeadura (a temperatura e o tempo dependem da cultura). O óleo de neem pode ser pulverizado. Agentes biológicos também podem ajudar a controlar a contaminação. Produtos à base do fungo Trichoderma harzianum e das bactérias Pseudomonas fluorescens, Bacillus subtilis ou B. myloliquefaciens também podem ser utilizados como parte de um tratamento de sementes. As formulações de cobre organicamente aprovadas podem ser pulverizadas contra esta doença em uma variedade de culturas, assim que os sintomas tenham sido detectados.

Controle químico

Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas junto com tratamentos biológicos, se disponível. Pulverize no início do dia e evite aplicações durante o tempo quente. Além disso, trate as sementes antes do plantio. O tratamento de sementes pode ser usado para matar os fungos antes da semeadura. Fungicidas contendo azoxistrobina, boscalid, clorotalonil, maneb, mancozeb ou protioconazol podem ser pulverizados preventivamente para reduzir o risco de infecção (verifique a formulação e recomendações específicas para a sua cultura). Alguns casos de resistência a alguns desses produtos foram descritos. Em algumas culturas, nenhum tratamento eficaz está disponível. Por fim, tratamentos pós-colheita, juntamente com uma cera de qualidade alimentar, podem ser aplicados para reduzir a incidência em frutos que serão enviados para o exterior.

O que causou

Os sintomas são causados por várias espécies de fungos do gênero Colletotrichum spp. Eles sobrevivem no solo, associados a sementes, ou em restos de plantas e hospedeiros alternativos por até quatro anos. Existem duas maneiras pelas quais a contaminação é transportada para novas plantas. As infecções primárias ocorrem quando esporos transmitidos pelo solo ou por sementes contaminam as mudas durante a emergência, crescendo sistematicamente nos tecidos. Em outros casos, os esporos são respingados nas folhas inferiores por gotas de chuva e iniciam uma contaminação que se espalha para cima. As infecções secundárias começam quando os esporos produzidos nas lesões de folhas ou frutos são espalhados por respingos de chuva, orvalho, insetos sugadores ou trabalhadores de campo para as partes superiores da planta ou para outras plantas. Temperaturas baixas a quentes (20 a 30 °C são ideais), solos com pH alto, umidade prolongada das folhas, chuva frequente e dosséis densos favorecem a doença. Uma fertilização equilibrada torna as culturas menos propensas à antracnose.


Medidas preventivas

  • Cultive plantas em solos bem drenados.
  • Enriqueça o solo com adubo para ajudar a planta a resistir a doenças.
  • Se possível, selecione locais com poucas chuvas.
  • Forneça aos campos uma boa drenagem.
  • Use sementes de plantas saudáveis ou de fontes certificadas.
  • Escolha uma variedade mais resistente, se disponível em sua região.
  • Plante plantas resistentes ou compre transplantes saudáveis.
  • Mantenha um amplo espaço entre as plantas na semeadura.
  • Monitore os campos ou pomares em busca de sinais da doença.
  • Remova plantas voluntárias e ervas daninhas dentro e em torno do campo.
  • Coloque estacas em plantas altas, como tomates, para melhorar a circulação do ar ao redor das folhas e caules.
  • Plante culturas armadilhas ou árvores ao redor dos campos.
  • Pratique uma boa limpeza do campo ou pomar, removendo restos vegetais, por exemplo.
  • Evite a movimentação de máquinas ou trabalhadores nos campos quando a folhagem estiver molhada.
  • Limpe suas ferramentas e equipamentos com cuidado.
  • Para evitar a propagação da doença, mantenha-se afastado dos canteiros quando as plantas estiverem molhadas e desinfete todas as ferramentas de jardinagem após o uso(uma parte de água sanitária para 4 partes de água).
  • Planeje a irrigação, se ela for necessária, durante a manhã e garanta que a folhagem esteja seca antes do anoitecer.
  • Regue as plantas com sistema de gotejamento em vez de aspersão.
  • Não toque nas plantas quando estiverem molhadas.
  • Colha cedo para evitar os piores sintomas.
  • Armazene os frutos em um ambiente bem ventilado.
  • Deixe os restos vegetais no chão, já que o fungo se decompõe mais rápido nele.
  • De forma alternativa, enterrar bem resíduos de plantas no solo para favorecer a decomposição.
  • Planeje uma rotação de culturas a longo prazo com culturas não hospedeiras (3-4 anos ou mais).

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