Sarocladium oryzae
Fungo
Os sintomas iniciais são pontos oblongos ou irregulares (0,5 a 1,5 mm) nas folhas que rodeiam as panículas. Os pontos se caracterizam por centros cinzas e margens marrons, e muitas vezes combinam-se, formando podridões e descoloração nas bainhas das folhas. Em contaminações severas, as panículas jovens podem não emergir. Bainhas de folhas afetadas podem apresentar abundante um crescimento fúngico branco e pulverulento. Os grãos de panículas abertas se tornam descoloridos e estéreis. Panículas que ainda não emergiram produzem inflorescências que se tornam marrom-avermelhadas a marrom-escuras. A contaminação é mais danosa quando ocorre em estágios tardios da formação da panícula e pode causar sérias perdas.
Bactérias como Rhizobacteria de Pseudomonas fluorescens isoladas de cítros e arroz são tóxicas para o fungo da podridão da bainha do arroz, resultando em menor incidência e maior produtividade. Bipolaris zeicola é outro potencial antagonista da podridão da bainha, que pode inibir completamente o crescimento do micélio do S. oryzae. A atividade antifúngica de extratos de folhas e flores de Tagetes erecta também inibem em 100% o micélio de S. oryzae.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. Em casos de infestações severas, a aplicação de fungicidas como mancozeb, oxicloreto de cobre ou propiconazol durante o emborrachamento e a emergência de panículas duas vezes em intervalos semanais pode reduzir a incidência da doença. Aplicações de um tratamento fungicida nas sementes, como mancozeb, antes da semeadura, também são eficazes.
A Podridão da bainha é basicamente uma doença das sementes. É causada principalmente pelos fungos Sarocladium oryzae, mas também, em alguns casos, por Sarocladium attenuatum. Os fungos sobrevivem em resíduos do arroz após a colheita e podem causar a contaminação nas safras seguintes. Sua incidência aumenta com o adensamento de plantas e em plantas que fornecem pontos de entrada para os fungos ferimentos causados por insetos no início da formação da panícula. A aplicação de fertilizantes com potássio, sulfato de cálcio ou zinco, na fase de preparação de solo, fortalece os colmos e tecidos das folhas, e assim, evita perdas extensivas. Ela também está associada a plantas enfraquecidas por infecções virais. Climas quentes (20-28°C) e úmidos (chuvoso) favorecem o desenvolvimento da doença.