Outra

Podridão de Sclerotinia

Sclerotinia sclerotiorum

Fungo

Resumo

  • Pontos com forma irregular e aspecto encharcado aparecem nos frutos, folhas ou pecíolos.
  • Desenvolvimento de uma cobertura branca com estruturas reprodutivas de cor acinzentadas ou pretas, semelhantes à verrugas.
  • O crescimento do fungo circunda o caule e as folhas murcham e secam.

Também pode ser encontrado(a) em

20 Culturas
Feijão
Melão de São Caetano
Repolho
Canola
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Sintomas

Os sintomas variam entre as espécies de hospedeiros, mas há várias semelhanças. No início, aparecem pontos encharcados, com forma irregular, nos frutos, folhas ou pecíolos. À medida que aumentam de tamanho, as áreas afetadas ficam cobertas com abundante mofo cotonoso, em estágios posteriores é possível observar as estruturas reprodutivas acinzentadas ou pretas, em forma de verruga, chamadas escleródios. Lesões “secas” podem se desenvolver na base dos caules e ramos, claramente delimitadas dos tecidos saudáveis. Elas são particularmente visíveis na coroa basal em algumas espécies. Durantes os estágios finais, o fungo circunda o caule e as partes superiores da planta tendem a murchar, ficando de coloração marrom e morrem. Os escleródios se formam dentro do caule e substituem os tecidos da planta. Isso pode resultar na morte e consequente tombamento das plantas. Vagens e sementes infectadas podem enrugar ou serem substituídas por crescimento fúngico de cor preta.

Recomendações

Controle orgânico

Formulações granuladas de esporos do fungo parasita Coniothyrium minitans ou de espécies de Thricoderma têm sido aplicadas aos solos para reduzir a carga fúngica de Sclerotinia e impedir o desenvolvimento da doença.

Controle químico

Sempre considerar uma abordagem integrada com medidas preventivas junto com tratamentos biológicos, quando disponíveis. Aplicações de fungicidas foliares só são recomendadas em plantações com desenvolvimento severo da doença. Os tratamentos variam de acordo com a cultura em questão e o estágio de desenvolvimento. Há relatos de que o benomyl controla a podridão de esclerotínia em repolho, tomate e feijões. Fungicidas à base de iprodiona, de procimidina também se mostraram eficazes no controle em alface e amendoins. Há relatos de desenvolvimento de resistência a alguns desses compostos.

O que causou

A podridão de esclerotínia é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, que é transmitido pelo solo, e que pode sobreviver por longos períodos em restos de plantas ou no solo, na forma de escleródios. A maior parte de seu ciclo de vida ocorre no solo e isso explica porque os sintomas começam nas folhas e partes da planta em contato ou próximas ao solo. Em condições favoráveis, o fungo retoma o crescimento em matéria orgânica e ocasionalmente invadindo tecidos de plantas. Como o fungo coloniza todas as partes da planta, as sementes também podem carregar o patógeno, tanto no revestimento como em seu interior. Os novos esporos produzidos na planta são transmitidos pelo ar. O microclima úmido na parte aerea da planta favorece a disseminação dos esporos para os caules. O desenvolvimento inicial requer várias horas de molhamento foliar e temperaturas entre 15 e 24 °C. A presença de nutrientes exógenos também favorece seu crescimento. Este fungo possui uma ampla gama de plantas hospedeiras como feijão, repolho, cenoura e canola.


Medidas preventivas

  • Utilizar sementes saudáveis de fonte certificada.
  • Escolher variedades resistentes ou mais tolerantes, se disponíveis para a cultura em questão.
  • Não plantar em terras previamente infestadas.
  • Deixar uma distância maior entre as fileiras para garantir boa ventilação das culturas.
  • Utilizar fios ou estacas para o apoio das plantas.
  • Monitorar a plantação em busca de sinais da doença.
  • Podar ramos ou partes da plantação infectados.
  • Fazer rotação de culturas com plantas não hospedeiras, como cereais.
  • Controlar plantas daninhas dentro e em volta da plantação.
  • Não usar muito adubo no estágio final de crescimento.
  • Não arar a terra uma vez que sistemas de semeadura direta apresentam um risco menor de desenvolvimento da doença.
  • Evitar irrigação em excesso durante os últimos estágios de crescimento da planta.

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