Puccinia polysora
Fungo
A ferrugem polissora surge como pequenas pústulas vermelho-alaranjadas, semelhantes a cabeças de alfinete, na superfície superior das folhas, e apenas escassamente na superfície inferior. Estas pústulas são pulverulentas, circulares a ovais, elevadas e densamente agrupadas. Com o progresso da doença, elas se tornam densamente distribuídas e podem aparecer em folhas mais jovens, bainhas, cascas de espigas e colmos. Manchas cloróticas (amareladas) e necróticas (amarronzadas) também ficam presentes. Folhas novas são mais susceptíveis que as folhas antigas, e isto torna os campos plantados tardiamente mais propensos à doença. A saúde enfraquecida da planta leva ao apodrecimento do colmo, tombamento e à qualidade inferior dos grãos. A capacidade de disseminação da doença pode causar consideráveis perdas de produção.
A germinação dos esporos pode ser inibida pela aplicação de extrato aquoso de guaco (Mikania glomerata). Para produzir o extrato, deve-se imergir as folhas inteiras de guaco em água destilada, mantendo a solução por 24 horas sob refrigeração. A seguir, deve-se passar o extrato por papel de filtro, diluí-lo em água filtrada até atingir uma concentração de 5% e o aplicar nas folhas do milho.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas junto com tratamentos biológicos, se disponível. A aplicação de fungicidas não é capaz de curar as partes infectadas, logo, deve ser utilizada apenas como medida preventiva, para evitar a disseminação na planta e para plantas saudáveis. Também é importante aplicá-los no momento certo, levando em conta a idade da planta, a incidência da doença e as condições meteorológicas. Fungicidas à base de mancozebe, ciproconazol, flutriafol + fluoxastrobina, piraclostrobina, piraclostrobina + metconazol, azoxistrobina + propiconazol, trifloxistrobina + protioconzol podem eficazmente reduzir o impacto da doença. Um exemplo de tratamento seria: pulverizar mancozeb a 2.5 g/l assim que as pústulas aparecessem e repetir em intervalos de 10 dias até a floração.
A ferrugem polissora é uma doença causado pelo fungo Puccinia polysora, normalmente em estágios posteriores do crescimento, em regiões tropicais a subtropicais. O fungo é um parasita obrigatório, o que significa que só é capaz de sobreviver em tecidos vegetais vivos, não em restos no solo ou sementes. Consequentemente, uma contaminação em uma safra não significa um alto risco de nova contaminação na safra seguinte. Esporos trazidos pelo vento de outras plantações ou áreas são a principal fonte de contaminação. A partir daí, eles se espalham de planta para planta com a ajuda do vento e da água. As condições ideais para contaminação são temperaturas entre 27 °C e 33 °C e alta umidade. A ocorrência da contaminação no início do período vegetativo pode resultar em danos rápidos e significativos à planta.