Outra

Cancro de Valsa

Valsa leucostoma

Fungo

Resumo

  • Cancros em cores variadas se desenvolvem no tecido da casca da árvore.
  • Em pessegueiros, cerejeiras e ameixeiras, estes cancros deixam escorrer uma goma.
  • Corpos fúngicos semelhantes a verrugas aparecem nos tecidos doentes e lhes conferem uma aparência de pele de rã.
  • Os caules cinturados resultam na murcha das folhas e na morte gradual dos galhos.

Também pode ser encontrado(a) em

3 Culturas
Damasco
Cereja
Pêssego

Outra

Sintomas

Os sintomas variam um pouco, dependendo do hospedeiro infectado. Cancros são muitas vezes difusos, normalmente não afundados, e dificilmente percebidos a menos que tenham cinturado o caule, causando a murcha das folhas e eventualmente a morte do galho. A descoloração externa da casca varia de amarela ou marrom-avermelhada até cinza ou preta, dependendo da espécie do hospedeiro infectado. As seções infectadas da casca caem e no local se desenvolvem corpos fúngicos pretos, semelhantes a verrugas, que dão uma característica aparência de pele de rã à árvore. Em pessegueiros, cerejeiras e ameixeiras, estes cancros liberam uma goma. A multiplicação de cancros no tronco, ramos e galhos pode reduzir a vitalidade da árvore, causando a morte gradual do ramo e até mesmo a morte das árvores.

Recomendações

Controle orgânico

Assim que a contaminação tenha ocorrido, o melhor tratamento é aumentar o vigor do pomar através do uso de fortificantes e um bom programa de fertilização.

Controle químico

Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. O melhor manejo para esta doença é evitar a contaminação ao seguir uma série de medidas preventivas. Cortes de poda podem ser pintados com uma cobertura fungicida para cortes.

O que causou

Os sintomas observados são causados por vários patógenos do gênero Valsa e Leucostoma. Juntos, eles são muitas vezes chamados de cancros de Cytospora. No início do período vegetativo, os esporos são liberados dos corpos fúngicos semelhantes a verrugas no tronco e ramos, e espalhados pela chuva para tecidos saudáveis. Eles penetram na casca com a ajuda de estruturas semelhantes a fios do fungo. Os patógenos são exclusivamente parasitas de feridas e precisam de tecidos mortos para infectar. Eles entram na madeira por meio de arranhões nas folhas, danos causados por granizo ou geada, assim como por ferimentos mecânicos causados por podas ou outras práticas de campo. O fungo é um patógeno oportunista que normalmente ataca árvores enfraquecidas por estresse ambiental, como temperatura ou umidade extremas. Estes patógenos podem infectar macieiras e árvores frutíferas de caroço, além de muitas outras árvores, como o álamo, olmo, salgueiro, bétula, bordo, sicômoro e carvalho.


Medidas preventivas

  • Plante variedades resistentes para evitar a disseminação da doença.
  • Mantenha um elevado padrão de limpeza no preparo da área de plantio.
  • Selecione o local cuidadosamente ao estabelecer novos pomares.
  • Irrigue o pomar regularmente e evite períodos de alagamento ou seca.
  • Fertilize as árvores de acordo com as suas necessidades.
  • Evite podar durante períodos de maior contaminação.
  • Sele feridas de cortes grandes com uma cobertura fungicida para cortes.
  • Evite estresses como seca, encharcamento do solo e contaminações por outros patógenos.
  • Remova ramos infectados do campo.
  • Esterilize as ferramentas entre os cortes, se possível.
  • Utilize quebra-ventos formados por árvores não hospedeiras.
  • Controle insetos e roedores que causam sérios danos às árvores.

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