Venturia carpophila
Fungo
Os primeiros sinais da doença aparecem no início da safra, como lesões pequenas, acinzentadas, mais ou menos circulares e levemente afundadas nos ramos hibernantes. As folhas contaminadas apresentam inicialmente lesões pequenas e de cor verde sob a lâmina. Mais tarde, elas se tornam castanho-amareladas e eventualmente aparecem como pontos escuros ou pretos. Mas os sintomas mais notáveis da sarna do pessegueiro ocorrem na casca do fruto, onde pequenos pontos aveludados e circulares aparecem gradualmente. À medida que aumentam, eles se tornam mais escuros e podem ficar rodeados por uma aréola amarela. Estes sintomas são muito semelhantes às manchas bacterianas causadas pela bactéria Xanthomonas campestris. No entanto, a sarna do pessegueiro é caracterizada pela natureza aveludada dos seus pontos (sem buracos na casca) e os círculos amarelos que se formam em torno deles. A casca contaminada pode rachar e ficar distorcida, largando uma resina.
Nenhum tratamento biológico parece estar disponível contra esta doença. Em casos menores de contaminação, embora não comercializáveis, os frutos ainda podem ser consumidos após descascar.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas junto com tratamentos biológicos, se disponível. Formulações fungicidas contendo captan, clorotalonil e alguns outros fungicidas são recomendadas contra a sarna do pessegueiro. Um uso adequado de clorotalonil requer a aplicação logo no início dos primeiros sinais da doença e uma pulverização renovada a cada duas semanas. Em temperaturas mais quentes e tempo úmido, aplicações frequentes serão necessárias. As aplicações podem ser necessárias até 4 a 6 semanas antes da colheita.
Os sintomas são causados pelo fungo Venturia carpophila, que fica latente em lesões nos galhos ou folhas. Quando ele encontra condições favoráveis durante a primavera, começa a produzir esporos que serão a principal fonte de inóculo. Esses esporos são espalhados pelo vento ou pela chuva nos galhos, frutos ou folhas jovens e suscetíveis em desenvolvimento. As contaminações são mais graves durante o final do inverno ou início da primavera, porque a dispersão dos fungos é favorecida pelo ambiente úmido e quente. A contaminação envolve um período de incubação de cerca de 45 até 77 dias, até que os sintomas primários apareçam nos pessegueiros. O corte dos brotos infectados e a remoção dos frutos mumificados (frutos desidratados que permanecem na árvore) são boas práticas para evitar a disseminação do fungo no pomar.