Blumeriella jaapii
Fungo
Os sintomas variam ligeiramente, dependendo da espécie de árvore afetada. No início do verão, manchas redondas e borradas, roxas a amarronzadas, surgem na superfície superior de folhas mais velhas. As manchas têm, tipicamente, 1-3 mm de diâmetro e ficam marrom-avermelhadas, com o tempo. Nos estágios posteriores da doença, as manchas gradualmente se fundem, formando grandes lesões que podem cobrir grande parte da lâmina. Em alguns hospedeiros, a parte necrosada da lesão da folha cai, resultando em um efeito de buraco de tiro. Na superfície inferior das folhas, pequenas manchas vermelhas a brancas, em geral limitadas pelas nervuras da folha, podem ser observadas. Com o tempo, elas evoluem para crescimento fúngico de coloração amarela ou branca. As folhas ficam inteiramente amarelas e podem cair prematuramente. Contaminações severas podem levar à desfolha completa no meio do verão, com o consequente efeito no desenvolvimento dos frutos, que podem se tornar moles e imaturos, ou amadurecer de forma desigual.
Aparentemente, não há soluções através de controle biológico disponíveis contra esta doença. Por favor, entre em contato se conhecer alguma. Tratamentos com fungicidas orgânicos incluem formulações contendo sais de cobre, tais como hidróxido de cobre ou sulfato de cobre, e podem produzir alguma proteção contra a contaminação por cilindrosporiose. Fungicidas funcionam melhor se combinados com a limpeza do campo.
Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. Medidas preventivas são essenciais no controle da doença, mas no fim das contas, fungicidas são necessários para maximizar o rendimento e a qualidade. Cinco a sete aplicações são recomendadas, começando duas semanas depois da floração, dependendo da intensidade da doença. Os ingredientes ativos mais comuns utilizados para controlar a cilindrosporiose incluem clorotalonil, captan, estrobilurina e vários fungicidas, tais como fenbuconazol, tebuconazol, miclobutanil e fenarimol. A alternância de ingredientes ativos fornece uma melhor proteção contra a geração de fungos resistentes.
A cilindrosporiose é causada pelo fungo Blumeriella jaapii, que pode afetar, além das cerejeiras, ameixeiras e damasqueiros. O fungo hiberna em folhas caídas no chão do pomar. Na primavera, quando as temperaturas estão acima de 6 °C, o fungo germina e produz esporos que são disseminados pelo vento ou chuva. As folhas permanecem suscetíveis ao longo de todo o estágio de crescimento. O ciclo de contaminação pode se repetir várias vezes durante uma única safra, dependendo de condições ambientais, particularmente a umidade nas folhas. Por exemplo, em temperaturas inferiores a 10 °C e acima de 30 °C, o fungo precisa de 28 horas de umidade foliar para uma contaminação bem-sucedida. O intervalo de tempo equivalente, em temperaturas em torno de 20°C, é de 5 horas. Isto explica porque sérios danos normalmente ocorrem em anos com muitos períodos chuvosos no fim da primavera e verão. As árvores ficam mais suscetíveis ao estresse (por exemplo, geada) e a floração e produção de folhas são reduzidas ao menos pelos dois anos seguintes.