Outra
Podridão negra
Xanthomonas campestris pv. campestris
Bactéria
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Resumo
- Os principais sintomas surgem nas margens das folhas como manchas amarelas, em forma de cunha, que mais tarde se expandem rumo ao centro da folha.
- À medida que a doença progride, a parte amarelada da folha aumenta e se torna marrom, conforme os tecidos morrem.
- As nervuras da folha ficam pretas, nos estágios finais, de onde vem o nome da doença.
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Sintomas
Na maioria dos casos, os danos às folhas de repolho aparecem apenas no final do verão. Os principais sintomas surgem como manchas amarelas em forma de cunha nas margens das folhas, posteriormente se expandindo para o centro da folha e para baixo, em direção ao caule. Este sintoma distingue a podridão negra da murcha-de-Fusarium, em que os sintomas se movem para cima, a partir do nível do solo, ao longo do caule. À medida que a doença avança, a parte amarelada da folha aumenta e se torna marrom, conforme os tecidos morrem. As nervuras foliares tornam-se pretas, no estágio final, de onde decorre o nome da doença. Finalmente, a folha entra em colapso. O patógeno pode penetrar no caule e disseminar-se pelo sistema vascular, o que é visível em forma de um anel de coloração negra, quando o caule é cortado próximo ao nível do solo.
Recommendations
Controle orgânico
Um banho quente por 30 minutos a 50°C é recomendado, para esterilizar o material de semeadura. Isto não é 100% eficaz contra a podridão negra, mas reduz sua incidência consideravelmente. O efeito colateral é que reduz as taxas de germinação das sementes.
Controle químico
Sempre considere abordagens integradas, com medidas preventivas juntamente com tratamentos biológicos, quando disponíveis. Tratamentos de sementes com água quente são muito eficazes para bloquear a contaminação dos campos. Tratamentos foliares com fungicidas à base de cobre a cada sete a dez dias também são utilizados para desacelerar a disseminação da doença. Infelizmente, estes tratamentos podem causar o surgimento de pintas pretas nas folhas externas do repolho.
O que causou
Os sintomas são causados pela bactéria de solo Xanthomonas campestris, que sobrevive em sementes ou restos de cultura infectados por até dois anos, ou em ervas invasoras da família Brassica por períodos maiores. Afeta um grande número de hortaliças da família do repolho (incluindo brócolis, couve-flor, nabo, rabanete e couve-rábano). A bactéria se espalha para plantas saudáveis através de respingos de água, e penetra nos tecidos por diferentes meios, por exemplo por ferimentos. Uma vez que a planta é infectada, dissemina-se rapidamente para outros repolhos. Quando o solo ou semente estão contaminados, os primeiros sintomas podem ser observados já no canteiro de propagação. Condições ambientais que favorecem as bactérias e o processo de infecção são alta umidade e temperaturas variando entre 25-30°C. Culturas com plantio adensado proporcionam condições ideais para a disseminação bacteriana para as plantas próximas. Nestas condições, a colheita pode ser reduzida em até 75-90%.
Medidas preventivas
- Assegure-se de utilizar sementes saudáveis de fornecedores confiáveis.
- Plante variedades resistentes e evite o cultivo das susceptíveis, na estação chuvosa.
- Proporcione aos campos boa drenagem e plante em canteiros levantados.
- Não cultive repolho em campos onde foram cultivados brócolis, couve-flor, couve ou qualquer outro membro da família Brassica nos três últimos anos.
- Limpe o campo e arredores de ervas invasoras, particularmente as da família Brassica.
- Evite utilizar irrigação por aspersão e irrigue durante as horas do meio do dia.
- Não trabalhe nos campos quando estes estiverem molhados, para evitar a transmissão da doença.
- Monitore os campos, buscando sinais da doença.
- Corte folhas velhas afetadas em contato com o chão.
- Assegure-se de que as ferramentas estejam limpas e desinfete-as com água sanitária.
- Are e enterre os restos culturais após a colheita, ou queime-os.
- Controle a larva do repolho e outros insetos que causam ferimentos à planta.
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