Mandioca

Mancha Branca da Mandioca

Passalora manihotis

Fungo

5 mins to read

Resumo

  • Nítidos pontos brancos aparecem na superfície superior da folha, rodeados por uma linha avermelhada irregular.
  • Em condições úmidas, estes pontos desenvolvem centros cinzas na superfície inferior das folhas.

Também pode ser encontrado(a) em

1 Culturas
Mandioca

Mandioca

Sintomas

Os sintomas dependem da variedade em questão e das condições ambientais. Normalmente, os danos são maiores nas folhas mais velhas, e diminuem progressivamente nas mais novas. Manchas circulares afundadas, brancas e angulares se formam na superfície superior das folhas, muitas vezes rodeadas por uma linha avermelhada irregular e uma grande aréola amarela. Na superfície inferior das folhas, estes pontos aparecem com uma difusa borda colorida. À medida que o fungo se desenvolve e os sintomas progridem, as manchas adquirem um aspecto cinza, aveludado, o que é particularmente evidente durante condições úmidas. A doença é comumente encontrada no cultivo de mandioca em regiões úmidas e frias.

Recommendations

Controle orgânico

Até o momento, não estão disponíveis medidas de controle biológico para conter a disseminação do fungo. Para evitar a doença, é essencial utilizar um material de plantio livre da doença e adotar as medidas preventivas apropriadas.

Controle químico

Sempre considere uma abordagem integrada com medidas preventivas e tratamentos biológicos, se disponível. A mancha branca da mandioca pode ser controlada eficazmente com pulverizações fungicidas contendo tiofanato­ (0,20%) ou clorotalonil a intervalos mensais. Fungicidas à base de cobre, metalaxil e mancozeb também são recomendados. Herbicidas podem ser utilizados para controlar o crescimento de ervas daninhas no campo.

O que causou

Os sintomas são causados pelo fungo Phaeoramularia manihotis, que sobrevive à estação seca em folhas velhas infectadas na planta ou caídas no chão. Sob condições favoráveis, ele produz esporos abaixo das manchas necrosadas, na superfície inferior das folhas. Neste local, estes esporos se espalham para novas plantas com o vento ou respingos de chuva. A penetração em tecidos saudáveis ocorre através de poros naturais nas folhas, e à medida que o fungo coloniza lentamente a planta, os sintomas começam a aparecer. A disseminação a longas distâncias também pode ocorrer quando um material de plantio doente é transportado para outros campos ou propriedades. Algumas ervas daninhas também servem como hospedeiros alternativos. Normalmente, a doença não é danosa para as plantas de mandioca, e não afeta significativamente o rendimento se a infestação não for severa. Contudo, temperatura amenas e alta umidade relativa do ar favorecem o ciclo de vida do fungo e podem aumentar a gravidade da doença.


Medidas preventivas

  • Assegure-se de utilizar manivas livres da doença.
  • Plante variedades resistentes, se disponíveis na sua região.
  • Certifique-se de proporcionar um bom espaçamento entre as plantas, permitindo a boa ventilação do dossel.
  • Plante no início da estação chuvosa, de modo que a cultura possa ganhar força antes de alcançar o estágio suscetível (6-8 meses de idade, na estação seca).
  • Não plante novas áreas de mandioca perto de antigas que tenham altas chances de estarem doentes.
  • Retire e queime folhas de mandioca caídas durante a estação seca para eliminar fontes de inóculo.
  • Alternativamente, enterre fundo ou queime qualquer planta infectada.
  • Faça a rotação de culturas a cada 3 ou 5 anos para garantir que o patógeno não sobreviva no campo.
  • Mantenha uma boa limpeza de quaisquer ferramentas utilizadas no cultivo da mandioca.
  • Não transporte material de plantas de áreas potencialmente infectadas.

Baixar Plantix